No Improviso desta semana vamos escutar o sambajazz pioneiro do pianista, compositor e maestro Dom Salvador. Ele foi um dos primeiros músicos a levar para o samba as harmonias do jazz, no início dos anos 60, tocando no famoso Beco das Garrafas.

Dom Salvador montou o Rio 65 Trio, em meio às comemorações dos quatrocentos anos da cidade do Rio de Janeiro, em 1965. Dom Salvador, no piano, com Sergio Barrozo, no baixo, e Edson Machado na bateria. O grupo lançou naquele ano o álbum que levava o nome do trio. Dom Salvador mudou-se para os Estados Unidos em 1973, onde construiu uma sólida na cena do jazz.

Nascido em 1951, Duduka da Fonseca estudava bateria, aos 14 anos, acompanhando as músicas do álbum Rio 65 Trio, de Dom Salvador. Emulava os sons do mítico baterista Edson Machado. Duduka da Fonseca também foi buscar nos Estados Unidos os fundamentos do jazz e mudou-se para lá em 1975.

Dada a coincidência que, em 1978, quando Dom Salvador precisou de um baterista para seu novo grupo, o trompetista Claudio Roditi indicou seu amigo Duduka da Fonseca. A integração de Duduka à banda de Dom Salvador foi imediata e duradoura.

Em 2015, Dom Salvador montou um grande concerto no famoso Carnegie Hall, de Nova York, para celebrar os 50 anos do álbum Rio 65 Trio. O baixista original do grupo, Sergio Barrozo, foi chamado do Rio, para tocar no evento. E para o lugar do baterista Edson Machado, falecido em 1990, Dom Salvador convidou Duduka da Fonseca, como seu substituto natural.

No Improviso escutaremos peças do álbum gravado ao vivo neste concerto, o Dom Salvador and Rio 65 Trio, Live in Zankel Hall at Carnegie Hall, editado em 2018, pela Universal Music. Além de faixas do álbum que Duduka Da Fonseca dedicou à obra do genial pianista: Duduka da Fonseca Trio Plays Dom Salvador, editado nos Estados Unidos, em 2018, pelo SunnySide, de Nova York.