Kalimba volta ao Mali,  berço da cultura mandinga, antigo império cuja riqueza e sabedoria são preservados principalmente na música.

É de lá que vem o artista desta edição:  Ballaké Sissoko.  Seu sobrenome já o identifica como membro de uma das tradicionais famílias de djelis, os menestréis da antiga corte, que tinham o privilégio de tocar os instrumentos mais nobres, especialmente a harpa Kora, de 21 cordas.

Ballaké Sissoko fez dessa harpa um instrumento de trabalho, mesmo enfrentando dificuldades absurdas, como no episódio em que sua Kora foi desmantelada pelos funcionários da alfândega dos Estados Unidos que abriram sua bagagem, acarretando um prejuízo de 5 mil euros para o músico.

O músico continua divulgando a cultura de seu país com temas tradicionais da África Ocidental, e também participa em projetos de vanguarda com músicos europeus e até da China.

Texto e apresentação:    Daniel do Amaral

Trabalhos técnicos:     Marinho Magalhães