No Improviso desta semana vamos escutar um pouco da obra do percussionista pernambucano Naná Vasconcelos. Consagrado no mundo inteiro como um dos grandes mestres da percussão, o músico é detentor de oito prêmios Grammy e também foi eleito oito vezes, o melhor percussionista do ano, pela revista DownBeat, a mais importante publicação de jazz no mundo.

Juvenal de Holanda Vasconcelos, o Naná (Recife, 1944-2016), começou muito cedo a fazer som, batendo em panelas e penicos, com apenas cinco anos de idade. Aprendeu sozinho a tocar todos os instrumentos de percussão. Na adolescência descobriu o berimbau, que, em suas mãos, ganhou uma nova dimensão, indo muito além do acompanhamento da capoeira.

Foi tocando com a banda do saxofonista argentino Gato Barbieri que Naná Vasconcelos ganhou o mundo. Ele excursionou pela Argentina, México, Estados Unidos e Europa. O auge da turnê foi a apresentação no Festival de Jazz de Montreux, em 1972. Lá, o berimbau de Naná levou a plateia ao completo delírio.

Inusitadas e díspares foram as influências musicais de Naná Vasconcelos. Quando perguntado sobre esse tema, ele, imediatamente, dizia que sua música estava influenciada por Heitor Villa Lobos, que escutava na casa de seu pai. E Jimmi Hendix, que descobriu nas ondas curtas do rádio.

Seleção

 1 – Aquarela do Brasil

 2 – Chegada

 3 – Dida

 4 – Pra lá da Casa de Naná

 5 – Assim Naná Ensina

 6 – Alvorada

 7 – Caboclo de Lança           

 8 – Cabelo Duro

 9 – Cego Aderaldo

 10 – Curumim