Salão Verde segue mergulhado nos cerca de 3 mil lixões a céu aberto que ainda existem no Brasil mesmo depois do fim prazo para que fossem extintos. Dessa vez, mostramos os estragos das emissões de metano (CH4), com efeito de aquecimento global 20 a 30 vezes maior do que o CO2. Portanto, é problema climático e de saúde pública. O Brasil é o quinto maior emissor global de metano, sendo que 66,6 milhões toneladas de CO2 equivalente vêm de lixões e outros resíduos sólidos. Atividades agropecuárias (298,6 milhões tCO2e) e mudanças no uso do solo e das florestas (27,8 milhões tCO2e) também respondem por elevadas emissões metano. Confira o depoimento em forma de denúncia de catador que conviveu por décadas com os efeitos danosos do metano no extinto Lixão da Estrutural, em Brasília. Por outro lado, o gás é a fonte do biometano, um dos “combustíveis do futuro” que impulsiona a gradual transição energética em substituição aos poluentes combustíveis fósseis (petróleo, carvão e gás natural). A substituição de lixões por aterros sanitários ecologicamente corretos permite ampliar a produção do biometano e descarbonizar processos industriais. Especialistas apostam no Plano Clima e na COP 30 como impulsos para essa transformação.
Pontos de vista nesta edição: Ronei da Silva e Marcos Woortmann (sociedade civil); Érico da Rocha (Ministério do Meio Ambiente); Pedro Maranhão, Rodolfo Saboia e Henrique Bezerra (especialistas); Gustavo Bonini e Luiz Carlos Scartezini (empresas); e deputado Nilto Tatto (PT-SP).
Trechos de músicas: “Banquete de lixo”, de Raul Seixas e Marcelo Nova, com Raul Seixas; “Lixo no lixo” (Tato), com Falamansa; “Vira lixo” (Chico César e Suely Mesquita), com Ceumar.
Produção - Lucélia Cristina e Cristiane Baker
Apresentação e pesquisa - José Carlos Oliveira
PROGRAMA INÉDITO: Sábado dia 12/07 as 06h30min
REPRISE: Domingo dia 13/07 as 08h00min